domingo, 29 de maio de 2011

Caminhado para o fim

Tento achar palavras pra expressar o que estar fazendo o meu coração se comportar dessa forma, mas eh impossível! Está além do meu alcance, da minha capacidade. Ponho-me de frente ao espelho e vejo que ainda estou inteira, intacta. Mas como pode ser se me sinto aos pedaços como se eu tivesse sido acertada por uma metralhadora, meio sem chão, sem rumo, perdida!
Sinto medo como uma criança que ficou em casa sozinha e aí faltou e energia e alguém tomou da sua mão, de forma brusca e inesperada, a única vela que a mantinha segura, com esperança de que tudo ia ficar bem e então a mesma se colocou a chorar. Quem apagou a vela? Como aconteceu? Por quê? E principalmente, porque a vela é tão importante? São perguntas que ainda não possuo a resposta e para ser bem sincera não importa como, quando, quem ou porque aconteceu, o que realmente importa é que aconteceu, ou melhor, está prestes a acontecer e que isso me influi de forma que custa a fazer sentindo. Ainda não faz! Ainda tento entender porque ele tem tal importância, se o conheço há tão pouco tempo, porque pensar que posso não vê-lo dói tanto? Por que sua partida me deixa tão desorientada? Ainda estou tentando entender, lutando pra que isso tudo faça sentido.
Minto! Claro que sei por que isso está mexendo tanto comigo, porque apesar de fria, eu devoto amor a algumas pessoas e se estas se vão, essa ida dói. Machuca de forma que não posso traduzir em palavras. É o tipo de coisa que é própria de quem está sentindo e os telespectadores não veem sentido. Afinal, por que para qualquer outra pessoa não envolvida na situação isso não passa de um mero fato do cotidiano, que ao decorrer dos dias cairá no esquecimento, pois todos deixaram de comentar, se acostumaram como se fora sempre assim e odeio ter que admitir a verdade existente nisso.
Aos poucos eu vou me adaptar, todos vão esquecer o tom de voz, o perfume, o jeito preferido de usar o cabelo, ao longo dos meses isso será apagado. O tempo agirá de forma imperceptível e quando dermos conta, só restara um nome na cabeça de todos, na minha um pouco mais. Também me esquecerei dos detalhes, contudo, é impossível esquecer a essência, as piscadelas, o jeito de sorrir, de cuidar, o modo de olhar, por isso sofro. Estou ciente que vou me acostumar com a ausência, que tenho menos de 2 meses para coletar a essência. Saber que tenho que me despedir parece pior que a distancia que será erguida.

4 comentários:

  1. Ae prima!!! sempre que eu tiver tempo vou estar por aqui viu??

    Parabens pela atitude! rsrsrs

    beijoss

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  2. obg, prima!! <3
    apareça mesmo!!!
    e valeu pelo apoio :**

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  3. "Assim o principezinho cativou a raposa. Mas,
    quando chegou a hora da partida, a raposa disse:- Ah ! Eu vou chorar. - A culpa é tua, disse o principezinho, eu não te queria fazer mal; mas tu quiseste que eu te cativasse ... - Quis, disse a raposa. - Mas tu vais chorar ! disse o principezinho. - Vou, disse a raposa. - Então, não sais lucrando nada ! - Eu lucro, disse a raposa, por causa da cor do trigo.” - O Pequeno Príncipe

    Meu consolo é que a gente sempre lucra, assim como a raposa... E de novo, como ela, eu vou chorar =/

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  4. eh, eu lucro pelo arco-íris... ele nunca mais será o mesmo... :(

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